Sempre que é feita uma
adaptação de um livro para o cinema é comum escutar coisas do
tipo: "ah, mas o livro é bem melhor, e tal cena que era super
importante ficou faltando". A verdade é que se tratam de duas
linguagens completamente diferentes, uma é escrita e a outra é
audiovisual. Não é possível fazer um filme ter o efeito exato que
a leitura da ficção causou. Além disso, não há nenhum
compromisso de fidelidade quando se decide adaptar um livro para
outra linguagem. São duas obras independentes. O mais interessante
não é fazer uma comparação para ver quem é o melhor, o filme ou
o livro. O interessante mesmo é entender como foi feita a adaptação,
quais cenas foram escolhidas, como foram representadas, o que foi
criado de novo. É claro que a gente vai acabar comparando um com o
outro. E é claro que você já tem a cara, a fisionomia dos
personagens na sua imaginação. Se escolhem um ator que não combina
com o que você tinha imaginado, não dá uma sensação estranha? É
como se a sua leitura mudasse, porque agora você vai pensar no
personagem e ligá-lo à cara do ator. Isso acontece mesmo! E acho
justo preferir o filme ao livro ou o contrário. Mas acho legal
pensar não de uma forma valorativa, mas sim comparando a adaptação
ao livro de uma forma mais reflexiva. E veja, se o filme tivesse que
ficar igualzinho ao livro, então pra que fazer um filme?
Tenho duas sugestões
de adaptações, uma eu vi e a outra quero muito ver.
Dom Casmurro
O livro de Machado de
Assis foi adaptado para uma minisérie da Globo. Eu gostei. Vale a
pena ler o livro e assistir à série depois.
Eu receberia as piores
notícias dos seus lindos lábios
Esse livro é do Marçal
Aquino e é um dos melhores que eu li no ano passado. Ainda não vi o
filme mas quero muito.
Carol Vargas
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